Minhas Três Primaveras - Resenha

Olá colegas leitores! Tudo bem?

Vamos a mais uma resenha? Ah eu estava lutando, resistindo pra usar a palavra resenha, porque não acho que é bem o que faço, prefiro usar a palavra consideração, mas "resenha" é o que destaca, então que seja.

 Sinopse: INSPIRADO EM UMA HISTÓRIA REAL 
CONTÉM CENAS FORTES E VIOLENTAS
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS
CONTÉM LINGUAJAR INAPROPRIADO
"Alguns sorrisos são muito mais do que simples curvas. Às vezes eles também podem proferir grandes ameaças."

Meu nome é Luz, mas há um paradoxo em meu nome, se você observar mais de perto, verá que a minha vida é uma angustiante escuridão. As minhas escolhas não foram as mais sábias e os meus amores foram os mais errados.
Eu sempre acreditei que a morte viria de uma única vez, paralisando o coração e impedindo a respiração. Pensei que a dor fosse súbita e implacável, mas isso é uma terrível mentira. A morte pode dar um golpe fatal ou pode corroer seu corpo e sua mente, te lançando no abismo da loucura antes mesmo que você possa dar seu último suspiro.
Minha vida foi marcada por três primaveras e sei que antes de eu terminar de contar minha história, você já estará se questionando se ela é de fato real e irá querer saber como pude suportar tanta dor por todos esses anos, mas a verdade é que eu não suportei. Eu já estou morta, e foi em 1983 que eu comecei a morrer.

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Título: Minhas Três Primaveras

Autora: R. Christiny

Editora: 3DEA (28 de outubro de 2018)

Páginas: 707

Bem, Minhas Três Primaveras é inspirado em uma história real, com algumas alterações para o melhor desenrolar da mesma.

Conta a história de Luz, uma jovem que foi protegida pelos pais das coisas ruins da vida, mas isso não impediu que ela sofresse. Elas fez péssimas escolhas durante toda a sua vida. Ainda muito jovem seu caminho cruza com o de Enrico e o seu inferno começa logo após o casamento. Enrico por sua vez também passou por muitas coisas ruins na infância, péssimos exemplos e ensinamentos que ele levou consigo. O livro deixa bem claro o que a sociedade na época pensava sobre o papel da mulher na comunidade e em sua família. Luz cresceu ouvindo sua mãe dizer que a mulher tinha que casar para não ficar só e viver para servir ao marido. No fim com todos os seus discursos, sua mãe se mostra uma grande hipócrita. 

Mas Enrico foi só sua primeira má escolha. Em alguns momentos ela também se mostra orgulhosa, ao deixar de explicar coisas que evitariam grandes problemas. 

O fato é que Luz sofre  demais, coisas inimagináveis.

Não me lembro de ter começado a ler um livro assim, já com o coração ora na mão, ora na garganta, tensa e por vezes trêmula. Temendo pelos personagens. 

A parte em que conta a história da Luz e o irmão, mexeu comigo, me remeteu à um passado nada bom.

Mesmo aquela mulher que nunca sofreu nenhum tipo de violência física na vida, acaba se identificando em algum momento, mesmo que seja com algum sentimento ao qual Luz teve. 

                                

"Não tenha vergonha das suas marcas, elas são provas de que você esteve em uma guerra e sobreviveu à ela."

                                

Triste saber que isso é realidade, que acontece aos milhares em nosso mundo. 

Outro ponto que não posso deixar de comentar aqui é o sobre o fato da submissão da mulher em relação ao marido, muitas pessoas pegam isso na Bíblia e distorcem para seu bel prazer, então deixarei aqui pra vocês um link de uma matéria que explica melhor sobre isso. 

A submissão que a bíblia diz, é marcada pela espontaneidade do indivíduo, uma obediência voluntária. Submissão é também estar debaixo de uma missão, à qual a esposa deve trilhar ao lado do marido e não debaixo de seus pés, como muitos por aí acham. Jesus não é contraditório, as pessoas que usam o que Ele falou como acham que devem usar, sempre para seu próprio bem. Poderia citar aqui várias passagens em que Cristo fala como bem as mulheres devem tratadas.

Colossenses 3:19

Maridos, cada um de vós ame sua esposa e não a trate com grosseria. 

1 Pedro 3:7

Exatamente, da mesma maneira, vós maridos, vivei com vossas esposas a vida cotidiana do lar, com sabedoria, proporcionando honra à mulher como parte mais frágil e co-herdeira do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as vossas orações. O estilo de vida do cristão.

Efésios 5:28

Sendo assim, o marido deve amar sua esposa como ama o seu próprio corpo. Quem ama sua esposa, ama a si mesmo!

Mesmo com todo o sofrimento de Luz, teve momentos que tive vontade de dar uma sacudida nela.Tipo: segurar seus ombros balançar e dizer: "Ei, faz assim e não desse jeito. Acorda menina!"

Mais alguém que leu também sentiu isso? Me conta aí nos comentários.

Quem ainda não leu, leia e vem correndo me contar.

"Eu não precisava de um homem  para ser feliz, mesmo o amando incondicionalmente, eu precisava me reencontrar e não podia fazer isso se não tirasse da minha vida alguém que um dia me fez tão feliz."

Espero  que tenham curtido a resenha de hoje, me desculpem se particularmente ficou extensa, mas esse livro é muito cheio de emoções e questões a serem discutidas.
Leiam!

Brindes que recebi da Autora por participar do grupo de leitura do livro.

E até a Próxima História!


Nota: ★★★★

Abraços!

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